quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Quinta - feira, 18 de Agosto de 2011.

Qualidade - Jagun, o Guerreiro 

  

Jagun ou Ajágun, quer dizer Guerreiro em Yorubá.


    Jagun é um orixá funfun, ou seja usa branco, seu culto veio de as terras do Ekiti-Efon e no Brasil foi associado a Obaluaê, porém por suas particularidades pode ser considerado um orixá a parte. Guerreiro tem fundamento com Ogun Já e Oxaguiã Ajagunã que representam os três guardiões de Obatalá. Consideramos que esse orixá possue as seguintes qualidades: Jagun Odé (ligado a família de Odé) , Arawe (ligado a Oluaê), Agaba (Ligado as Yabás).
 
Os guerreiros funfuns e Oxum



     

Assentamento de Jagun em Ikiti
    Diz uma itã que Ekiti era uma das cidades mais prósperas de toda velha África, sendo sua rainha Oxum, porém a deusa era cheia de caprichos e isso gerava insatisfação por parte das outras tribos, então três guerreiros, Ogun Já, Jagun e Ajagunã decidiram tomar a cidade de Ekiti, contudo Oxum era orientada por Ya mi Oxorongá, e o grande passáro avisou a que três guerreiros de branco iriam tomar lhe a coroa, no mesmo instante Oxum usou seus poderes de sedução e conseguiu de Orumilá uma receita mágica feita com 8 ibis (caracóis), onde ela deveria prepara um pó mágico e sopra sobre as terras de Ekiti. Quando os irmãos chegaram a cidade foram bem recebidos, porém orientados que não ultrapassasse os portões do castelo de Oxum, só que isso apenas aguçou a curiosidade de Jagun que não respeitou a remendação e ao cruzar os portões Oxum soprou o pó mágico que varreu Jagun para Daomé, Ogun Já para Ilê Ifé e Ajagunã para Elegibó, separando os guerreiros. Jagun volta mais tarde a Ekiti e toma Ewá como sua esposa, fazendo uma aliança entre Ekiti e Daomé.
 
Jagun e e a Princesa de Ikiti  


 
 
Jagun era famoso por conquistar terras, por caçar, contudo seu coração era o seu “calcanhar de Aquiles”, após casar-se com Ewá, tinha ele dificuldade em lidar com o ciúmes que sentia da linda princesa de Ekiti, só que Jagun não sabia é que Ewá, apesar de sempre discreta e de quase nunca demonstrar seus sentimentos, também o amava muito e por conta disso ela mantia um segredo: Quando Jagun ia para uma guerra, Ewá cortava caminho pelas matas para chegar antes e ela envenenava os inimigos de seu marido e com isso ele sempre voltava mais cedo para casa. Mas em uma dessas vezes Yewá se perdeu na volta e quando Jagun retornou da guerra não a encontrou e foi a caça dela. Yewá já estava quase chegando em casa, mas como estava suja de terra e lama, parou para tomar banho em um rio próximo as terras de Jagun, só que a orixá não viu que Exú a observava, quando Jagun viu a cena, ficou tomado de ciúmes e jogou a esposa em um formigueiro, para que nenhum outro homem a olhasse novamente. Envergonhada ela corre e se refugia na casa de Ikú, a morte, que a acolhe e ela que vestia branco por conta de Jagun, veste a rouba de Ikú, o vermelho.
 
Roupas e Aparamentas



Jagun veste branco, usa uma lança de metal (òkò), um ofá e uma adaga. Pode usar azè (capuz de palha), contudo prefere usar rodilha. Carrega uma penca de ibi, e gosta de brajás de búzios.


Comida

Forra-se um alguidar com ebô e por cima a pipoca frita na areia da praia, enfeita-se com 7 bolas e inhame, 7 bolas e arroz e 7 acaças. É o único da família de Obaluaê que não come feijão preto e em suas comidas é usado a banha de ory, pois o orixá não come dendê.


Seus filhos


 
Seus filhos são pessoas enérgicas e guerreiras, são impulsivos e super protetores. Vivem bem em grupo e morrem de medo da solidão. São bons amigos e tem facilidade em se meter em fofoca e confusões, pois demonstram a todos a sua opinião. Carregam consigo o estigma de dois Odús, Etagundá e Ejionilê, ou seja a busca por seu território e a luta pelo ideal.








 

 

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