quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Quinta - feira, 18 de Agosto de 2011.

Os “zeladores” que se acham deuses

Bom dia a todos,

Peço desculpas aos meus leitores, pois hoje vou falar sobre algo contra minha religião, aliás contra aos adeptos da minha religião. Minha índole, meus valores não me deixam calar em meio as barbaridades que está acontecendo, onde certos “zeladores” fazem o que querem, ditam regra, maltratam orixá e seu povo e isso está cada vez mais freqüente.

Para começar vou usar a seguinte frase:

- Somos filhos dos orixás, ou eles são nossos filhos?

Como alguém que se diz “Pai de Santo”, pode destratar santo de yawò, gritando com o orixá no meio do barracão, bate no filho quando está em transe, expulsa e humilha filhos porque o orixá não respondeu ou não fez aquilo que ele queria e por ai vai.

E tudo isso se justifica pelo fato da idade, “A coitado, ele já está velho não sabe o que diz” ou então “Pobre coitado, é doente mais tem seus 40 anos de santo”...Isso não é justificativa, e sinto por aqueles que tem esse tipo de pessoa como exemplo, pois certamente serão iguais lá na frente. Diariamente recebo depoimentos de pessoas que estão saindo, ou pensando em sair da religião por estarem desiludidos com seus zeladores, eu converso, digo que tem que procurar seus pais e ter uma conversa franca, só que infelizmente essas pessoas tem razão!

RESPEITO, HUMILDADE E AMOR. Toda religião seja qual for, tem essas palavras como base.

Graças a Deus, eu tive uma boa base familiar e espiritual, não foi isso que aprendi com meu zelador, que apesar da idade ainda ajoelha e coloca a cabeça para o orixá, coisa que também é criticada.

Sinto muitíssimo de estar escrevendo esse post, mas estou muito decepcionado e provavelmente ele irá ter uma grande repercussão, não tenho medo, tenho respeito, mas apenas por aqueles que se dá ao respeito.

Outro ponto que é traço da personalidade dos “papas do candomblé” é que ninguém é bem feito (iniciado), alias ninguém é feito, nada que não seja dentro de seus barracões é válido. Entendo que não seja interessante economicamente, o surgimento de novos zeladores, com sangue jovem, que ama o orixá, que não usa cabresto.  Lógico que incomoda afinal filhos de santos para eles são apensas números, e como já ouvi: "Yawo é um mal necessário”...Para mim não! Eu considero que :

Barracão: O corpo

Babalorixá: A cabeça

Filhos de Santo: São as veias do sistema

O orixá: É o coração que faz tudo isso ter sentido.
Mas sabem o porque eles falam isso, por que talvés não tenham passado por essa fase, pois assim como para eles ninguém é feito, quem garante que eles foram iniciados, e se foram de que maneira, como e onde?

Agora quero que vocês me digam, se eles tirarem o torço e os fios de conta, o que seriam? O que vão fazer da vida? ... Nada...

Por isso eu digo, cuidado ao entrar em uma casa de santo, fama, status isso tudo é besteira, o orixá mora nos sentimentos nobres, mora na humanidade que cada um carrega, eles vivem na palavra amiga, no abraço, enfim no Ajô.
Só para ressaltar, baseado nas histórias de vida dos ditadores, o fim deles é triste, sempre acabam sozinhos em uma cama de hospital.

Quinta - feira, 18 de Agosto de 2011.

Qualidade - Onira - A Rainha de Ira 

Onira, tradução em yorubá: senhora ou rainha de Ira.

Esse caminho está ligado ao culto de Oyá, porém é um orixá próprio, que foi atribuído ao culto de Oyá. Onira é companheira de Opará, contudo aparece algumas vezes na figura também de mãe de crianção de Logun, porém acredito que seja Logunere, quem criou Logun, e não Onira. Senhora dos ventos, Onira é dona do vento que faz curva, por isso alguns fundamentos desse orixá são feitos em barrancos e falésias. Associada a água, por sua ligação com Oxum, Ogum e Oxaguiã.

Onira e Oxum

Onira era um bela jovem, sua beleza encantava a todos, porém isso incomodava Oxum, pois Onira se vangloriava de seus dotes o tempo todo. Um belo dia Oxum, manda Exu ir até um aldeia muito longe, próxima a costa, pois ela ouviu falar que existia um espelho, que ficava escondido entre as areias brancas de Olokun, esse espelho na verdade era uma concha que refletia o lado mais escuro e escondido de alguém. Então assim fez Exu, que demorou dias em busca do lendário espelho. Então ele retornou para o reino de Oxum e entregou a ela a peça. No mesmo dia Oxum chamou Onira para que pudesse passar um dia com ela, e então as duas conversaram, comeram e ao cair da tarde, Oxum disse a Onira, que Exu havia lhe trazido um espelho que demonstrava a verdadeira beleza, Onira ficou super curiosa de pediu a Oxum para ver , e então Oxum, muito esperta deu a ela o objeto, nesse momento Onira se viu feia, deformada. Triste e envergonhada ela saiu correndo e foi chorar a beira de um riacho, vendo aquilo, Olorun fica penalizado e decide dá uma lição em Oxum. O senhor do orun, então funde o espíritos das duas, onde uma dependeria da outra para tudo, e que uma não comeria sem a outra, e assim até hoje, Oxum Opará e Onira caminham juntas, inseparáveis.

Onira e o rei de Irá

Na cidade de Ira, morava o Alafin Ira, ou o rei de Ira, que tinha muitas esposas, porém não tinha amor por nenhuma delas, as achava burras porém elas eram ótimas tecelãs, e mantiam a economia do reino.
Então ele chamou seu Conselheiro e pediu que fosse a todas as aldeias atrás da mulher mais bela e prendada. Então o Conselheiro seguiu de aldeia em aldeia atrás da suntuosa esposa que Alafin tanto queria, após andar muitas léguas, o Conselheiro já com sede, viu de longe uma jovem, carregando na cabeça uma trouxa, então ele correu em direção a ela e pergunta se ela tem um pouco de água para lhe dá, a moça no mesmo momento tira de dentro da trouxa, uma cabaça com um pouco de água, vendo a atitude doce e gentil, o Conselheiro consegue vê que a moça era nobre, além de bela, porém só faltava o principal, o fator que a diferenciasse das outras. Ele decide então conversar com ela, e a leva imediatamente para a cidade de Irá, chegando lá, todas as canditas mostravam seu dotes ao rei, e quando chegou a vez da moça, ela se apresenta ao rei:

 - Sou aquela que será a rainha de Ira, sou filha do vento e da água.

 - E tú o tens a mostrar? - Diz o rei sem muita paciência.

 - Sei que o povo de Irá é famoso por seus tecidos de cores diferentes, porém não conseguem fazer todas as cores - Diz ela de olhos baixos

 - Como ousa dizer isso, não existe no mundo quem consiga reproduzir as cores que existem na natureza.

 - Sim, existe alguém capaz disso! - Fala a moça.

 - Então mostre!

 - A moça tira de sua trouxa o camaleão, e o coloca em cima de sua roupa e o animal então se torna da mesma cor, e assim em tudo que ele encosta.

O rei fica maravilhado com a inteligência da moça, e a torna a rainha de Ira, sendo chamada a partir daquele momento de Onira.


Roupa e Aparamentas

Onira pode usar rosa com dourado, assim como azul claro. Suas aparamentas são delicadas e não possuem cores fortes, usa espada, e abebé, e também tem o direito de usar o eru, pois é uma rainha. Suas indés podem ser alternadas de cobre e douradas.

Seus filhos

Seus filhos possuem assim como orixá, características tanto de Oyá quanto de Oxum, são fortes e determinados, românticos. São muito prestativos e fazem um pouco de cada coisa. Tem grande capacidade de adaptação e também ótimas mães ou pais. São doces e se magoam muito fácil, rancorosos. Cheios de iniciativa, vão a frente, mesmo que todos digam que não vai dá certo, eles vão e fazem. São ótimos chefes, porém tem dificuldade em receber ordens. São super vaidosas, e tem muito bom gosto. Amam a família e procuram sempre ajudar a todos.

 

Quinta - feira, 18 de Agosto de 2011.

Qualidades - Oyá Logunerè 

 Logunerè


O Nome do orixá Logunerè, significa em yorubá: “Da Guerra de Ere”, e Ere é uma cidade da Nigéria. Patrona dessa cidade, foi associada ao culto de Gbale aqui no Brasil, e também aos orixás: Ogun, Omolu e Logun. Além da arte da guerra, Logunerè conhece a caça e trás consigo um forte extinto materno, como podemos ver na lenda adiante.

Logunerè e o filho de Oxum

Logunerè era uma moça simples que vivia em um vilarejo próximo a Ire, e a cidade de Ypondá, era uma excelente caçadora e também conhecia a mata e o poder das ervas medicinais. Ogum havia instalado naquela região uma guerra que seguia de Irè até Daomé, por onde passava conquistava, contudo deixava para trás um rastro de destruição. Então Logunerè e Omolu, iam de tribo em tribo ajudando os feridos. Em uma dessas missões, os dois andavam pela mata fechada próximo a Ypondá, cortando caminho entre uma aldeia e outra, e de longe ela viu um menino correndo, era Logunedé, que decidiu brincar com casa de abelha, literalmente, então ela em um estalo rápido pediu que Omolu, com suas palhas afastasse as abelhas do menino, e assim ele fez. Logunerè acalmou Logun e levou a até Oxum, que agradeceu a Omolu e também deu a ela uma abebé banhada no mais puro cobre e pediu que ela ensinasse ao menino como lutar, para que ele se defendesse, assim Logunerè cuidou da educação de Logun, e deu a ele a ofangi, que mais tarde ele usaria para lutar na guerra de Edé.

Roupas e Aparamentas

Esse orixá usa as cores, coral, rosa, verde folha, carrega espada, ofá e uma abebé em forma de leque. Em suas aparamentas podemos coloca prata, búzios ou até mesmo mariwò desfiado.

Comida

Como acarajé e abará.

Seus filhos

São pessoas fortes e trabalhadoras, quando mulher, o extinto materno é muito forte. Em suas vidas eles aprendem sempre a lidar e cuidar de doentes. São sérios, introvertidos, e sempre procuram a razão para tudo, pois o amor sempre lhe causam feridas profundas. São pessoas que amadurecem muito rápido. São comprometidas com orixá e não tem medo de função. Tem poucos amigos, pois não conseguem demonstrar seus sentimentos com facilidade. São ótimos educadores.